outra vida, outra dimensão

No mesmo momento que ouvi da tua boca aquele "para de gritar comigo, não precisa" minha pernas bambearam e eu me dei conta da merda que eu to fazendo pra chamar a a tua atenção. Como se eu fosse qualquer uma daquelas guriazinhas que eu tanto critico pra precisar disso. Eu já tive mil provas de que eu sou diferente, de que eu não preciso de miudezas pra tu lembrar de mim, e mesmo assim eu continuo necessitando disso tudo pra te ter "por perto".

Eu não preciso de palheta, não preciso de background teu, não preciso ter o quarto tomado por fotos nossas, não preciso ver teus vídeos milhares de vezes, eu já passei dessa fase, mas ainda não me dei conta disso. Talvez seja pela falta de maturidade que eu admito que toma conta de mim as vezes, não sei.

Mas quando eu te vejo indo embora eu sinto um aperto e uma vontade imensa de falar: fica aqui comigo. Mas a coragem não vem. Não entendo como eu tenho coragem de dizer que eu te amo e não tenho coragem de te pedir pra ficar, talvez seja pela certeza que eu tenho de que tu não vai ficar, de que tu vai ir mesmo assim.

Sempre foi assim, mas só agora isso me encomoda. E hoje eu to vivendo um momento que eu mais temia, e aconteceu. Agora foda-se, eu vou viver, mesmo não entendendo nada.

Desculpa por ser essa criança mimada, por gritar contigo, por querer a tua atenção o tempo todo, por não te entender, por não entender que tu já é meu, faz tempo.